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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

As primeiras reações

Junto com o diagnóstico final no dia 25 de novembro veio a primeira crise. Eu já sabia o que era linfoma, já sabia o que eu tinha, mas foi nesse dia que ouvi como seria meu tratamento. Quimioterapia por pelo menos 6 meses, duas vezes ao mês. Meu cabelo iria cair, tinha por volta de 30% de chance de ficar infértil. E vieram as primeiras lágrimas antes mesmo da médica terminar de falar.

Chorei muito. Muito mesmo. Nunca duvidei da minha cura, mas a que custo? Chorei pelo sofrimento futuro, chorei pelos 6 meses difíceis que teria pela frente. Ou melhor, teríamos. Foi a primeira vez que eu vi o Flávio chorar.

Neste dia bloqueei visitas ao quarto. Ainda bem que ninguém apareceu. Dormi cedo, antes da novela. Estava exausta. No dia seguinte mandei o e-mail às meninas - Carla, Giseli e Gabriela, com o título de "the hardest part". A Carla me ligou aos prantos. Ela, que tinha até vindo de Bauru me visitar no hospital. As 3 mosqueteiras restantes estiveram sempre presentes, ainda estão, sempre.

A previsão de sair do hospital no dia 21 não se concretizou, claro. Saí dia 27, quinta-feira. Voltei ao trabalho na segunda seguinte. Recebi até flores! Desde então, foi preciso repensar agendas, horários, reuniões e afins para adaptar uma nova rotina: o tratamento.

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