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quarta-feira, 31 de julho de 2013

31 de julho

Ainda que com 1 semana de atraso, li hoje no site da revista Exame uma matéria bem explicativa sobre convênios e câncer. Chamada "Quem tem câncer consegue contratar um plano de saúde?", trata justamente dessa dificuldade, ou mal necessário, como muitos falam. Sem o convênio, seria praticamente impossível ter feito meu tratamento - aparentemente, uma sessão de ABVD custa uns 15 mil reais - e eu fiz 16 sessões. Por mais restrições que o plano tenha, por causa do ROL de procedimentos do Ministério da Saúde, fiz todo o tratamento em clínica particular, e só tive que gastar com o PetScan e com um remédio (não foi barato, mas deu pra pagar). Já falei disso outras vezes aqui no blog. Desde 2009, após o término do tratamento, já troquei de convênio duas vezes, por motivos de trabalho. Da primeira vez, como foi só migração, não tive carência; da segunda, foi uma contratação nova, e aí eu caí na carência. Tenho que esperar até novembro desse ano pra fazer exames de imagem, só os exames mais simples ficam liberados. E enquanto isso, claro, tem os aumentos nas mensalidades, os reajustes, que foram anunciados ontem, até, pela ANS.

Enfim, fica a dica de leitura. Aos visitantes do blog que moram fora do Brasil, me digam: como é o tratamento nos países de vocês?

Um abraço, Juliana

terça-feira, 30 de julho de 2013

30 de julho

É, eu sei. Dia 16 de julho comemorei 4 anos de remissão e faltou um post por aqui. Mas acabei fazendo isso pelo Facebook, e com link do 16 de julho original, então o dia não passou em branco.

Mas meu post de hoje é sobre a novela das oito (ou das nove, pra quem preferir). Quem acompanha sabe que a Nicole tem Linfoma de Hodgkin e que vai morrer, voltar fantasma vestida de noiva. Sem contar que acho brega, cafoníssimo e uma cópia descarada de Nelson Rodrigues (que não tem nada a ver com o câncer mas tudo a ver com noivas fantasmas), Walcyr Carrasco perdeu uma oportunidade de ouro para falar sobre linfoma. Eu nem gosto da Gloria Perez, mas se tem uma novelista que usa o horário pra falar de uma campanha, é ela - e Walcyr Carrasco deveria inspirar-se nela pra uma campanha, em vez de ficar de birra porque a atriz não quis cortar o cabelo...

Algumas associações de pacientes estão se mobilizando pra mostrar que a novela não reflete, necessariamente, a vida real. Claro que existem casos graves, mas olha, os índices de cura estão acima de 80% - e adivinha quem faz parte dessa estatística???  A Abrale e a ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular) estão divulgando informações sobre a doença, e alguns jornalistas já se engajaram nisso. Hoje, a Claudia Collucci escreve em sua coluna na Folha de S.Paulo sobre o assunto, recomendo a leitura e a divulgação. Para ler, basta clicar no link no nome do jornal.

Até escrevi pro autor, em seu perfil no twitter - @walcyrcarrasco - mas não creio que ele tenha visto. Muitos colegas estão indignados com a história. Vale tudo, então, pra ter mais audiência, mais drama? Sei não. E também não sei se vou acompanhar a novela, pra não me irritar ainda mais.