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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

26 de janeiro

Antes de tudo, feliz ano novo! 2016 bate à porta com novos desafios, mais trabalho e mais planos. É assim que tem que ser, não é mesmo? E que seja produtivo, isso sim!

Esse post é pra falar de duas coisas: mais gente conhecida é diagnosticada com linfoma. E aumenta a torcida por um tratamento digno, bem sucedido, que tenha o menor impacto possível na rotina da família, pois dessa vez tem criança no meio e faz diferença. Imagina a cabeça de alguém com 9, 12 anos ao ver a mãe superar sessões de quimio? Precisa de paciência e sabedoria, acima de tudo. Precisa de suporte, precisa de amor. Boa sorte!

A segunda coisa é que o câncer está em destaque na imprensa essa semana. Tem matéria sobre tratamento na Veja e tem capa na Época, com um jornalista diagnosticado (não com linfoma). A experiência dele é bem parecida com a minha - não de tratamento, mas das pessoas ao redor, dos mais velhos que não tratam a doença pelo nome, da necessidade de falar sobre o assunto, a convivência com outros pacientes, o medo constante. Eu nunca tive medo de morrer, ou de não ficar curada. Meus medos eram futuros, não presentes; eram consequências do tratamento, não de não reagir a ele. O trabalho como suporte, ocupar a cabeça. E a necessidade de escrever.

O blog está desatualizado, eu sei. Mas ele permanece no ar justamente pela necessidade que as pessoas ainda tem de saber como ler um hemograma, como funciona um tratamento, inúmeras dúvidas que ainda pairam, por mais que você tenha um ótimo médico. Use fontes seguras para esclarecer dúvidas, blogs são ótimos para relacionamento, mas não confie sempre no Dr Google. Eu conto o que serviu pra mim, os passos do meu tratamento. O fato de eu não ter perdido cabelo durante a quimio e me coloca nos 10% dos pacientes que passam o mesmo... O tratamento de câncer tem tudo, menos certezas. Ninguém tem certeza de nada, mas todo mundo quer a mesma coisa.

Um abraço

Juliana

2 comentários:

Tassia disse...

Olá Juliana, tudo bem?

Estava lendo sobre o seu blog, desde a notícia da doença até o tratamento e cura, graças a Deus!
Queria te perguntar:no início dos sintomas o seu hemograma era normal? Não tinha anemia e nenhuma outra alteração? Se sim, depois de quanto tempo as alterações no hemograma começaram a ocorrer?


Estou com gânglios palpáveis na região do pescoço e inguinal, não muito grandes. Tenho bastante dor nas pernas, cansaço, um pouco de fraqueza (mas que não me limita as atividades diárias), as vezes sudorese noturna, coceira pelo corpo e também sangramento gengival. Não tive nem febre, nem as manchas pelo corpo. De todos os sintomas a coceira e as dores nas pernas são diariamente.

Meu hemograma está normal, e ainda não fiz nenhum exame de imagem.

Aguardo por uma resposta, e fico imensamente feliz que você esteja curada e bem!
Um grande abraço.

Juliana Guerra disse...

Tássia, bom dia! Obrigada por sua mensagem! Já no início do tratamento meu hemograma estava alterado, mas não tinha anemia. Tinha gânglios pequenos mas espalhados por várias partes do corpo, o que dificultou até a biópsia. O que eu mais tinha era sudorese noturna - era preciso trocar lençóis e pijama, para vc ter uma ideia.
Espero que você reaja bem ao tratamento e que supere isso em breve. Qualquer coisa me mande email.
Um abraço, boa sorte!