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terça-feira, 14 de setembro de 2010

14 de setembro

Hoje eu estava almoçando no trabalho e assistindo "LA Ink". Para quem não conhece, é um programa muito legal de tatuagens que passa no canal Liv, a cabo. Sempre tem desenhos e idéias legais, mas um ponto em comum com os outros programas similares (Miami Ink, por exemplo) é que sempre tem tatuagens tristes: feitas para homenagear gente que já morreu, tragédias americanas... enfim, mais do mesmo.

E aí, hoje, uma moça fazia uma tatuagem grande e bonita de garça (não, eu não faria) para homenagear a amizade com sua melhor amiga. No meio do desenho, ela fala que a amiga tem Linfoma de Não-Hodgkin pela segunda vez, que da primeira ela ficou 2 anos de cama, e que por isso ela resolveu não tratar mais e simplesmente viver. Claro que as pessoas do estúdio de tattoo ficaram chocadas, mas a moça não se abateu. Na sequência, a amiga chegou para ver o presente surpresa e assinar a tattoo, e ela ficou bastante emocionada com a homenagem.

De tudo isso eu tiro duas coisas:

1) amizade e amor são tudo na vida.

2) porque alguém desiste de tratamento? A moça era nova, com aparência saudável e tudo mais. Será que não compensava mesmo fazer o tratamento e ter a oportunidade de viver mais? Será que era mais fácil mesmo deixar como está, viver bem (até quando, doutores, me digam!) até definhar e terminar assim?

Desistir nunca foi uma opção. E olha que meu Hodgkin era nível 4, foram 16 sessões de quimio... Sei que as pessoas reagem de formas diferentes ao tratamento, sei que Hodgkin é diferente de Não-Hodgkin, mas vejo também tantos exemplos entre os seguidores deste blog, de gente que não desistiu, que questiono bravamente essa moça americana e esse posicionamento.

Só pra arrematar: a quem interessar possa, estou ótima. Agora até sem port a cath! Tudo de bom e saúde a todos!

Juliana