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domingo, 20 de novembro de 2011

20 de novembro

No dia 20 de novembro de 2008, há 3 anos, eu estava em um hospital aguardando o resultado da biópsia. Era acompanhada até então pelo dr Leonardo. Em instantes, eu conheceria a doutora Mariana Oliveira e receberia o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin. Não é bobagem ou lugar comum dizer que uma coisa dessas muda a vida da gente. Pacientes e familiares sabem disso. E por uma ironia desagradável do destino, hoje também é aniversário do meu marido, o Flávio. Que estava do meu lado quando a dr. Mariana entrou e disse que era linfoma, que eu tinha que começar ontem a quimio e que não haveria tempo nem de pensar em congelar óvulos para proteger uma futura gravidez. Não dava tempo nem de programar nada. Era só o tempo de pensar como seria aquela semana, que eu não ia voltar ao trabalho, que eu tinha que marcar a primeira sessão de quimio, que eu tinha que avisar o resto da família, e como seriam aquelas 16 sessões de quimioterapia, e como meu corpo ia responder a isso.... E o choro veio compulsivo.

Isso foi há 3 anos. Se antes o dia 20 de novembro significava o dia do aniversário do meu marido, será também sempre lembrado como o dia do diagnóstico. Da mesma forma que o dia 04 de dezembro marca a primeira quimio, que o dia 16 de julho é o último, e o post de 20 de julho de 2009 é de celebração total. É a cura.

Tudo o que eu desejo nesse dia é que todos que estão em algum hospital, em alguma clínica, que estejam em tratamento, não desistam. Seja com transplante, seja com quimio, com rádio, o que for, que a cura venha. E venha completa, superando qualquer dificuldade anterior. Que o tempo entre o diagnóstico e a cura seja cada vez mais curto. E que tudo, no final, acaba bem.

Beijo, Juliana